A semana passada foi extremamente aterrorizante para os chesfianos da área operacional. Como se não bastasse o clima de insegurança e os riscos enfrentadas pelos trabalhadores da Eletrobras Chesf, a
empresa decidiu intensificar ainda mais o cerco.
Desta vez, tratou-se de um claro processo de retaliação aos trabalhadores da Subestação de Mirueira, onde ocorreram três acidentes em outubro do ano passado. Um chesfiano faleceu, dois ficaram gravemente feridos,com marcas de queimaduras, além dos traumas psicológicos decorrentes do pós-acidente. Na sexta-feira, a empresa demitiu o encarregado da Subestação de Mirueira, e um dos operadores acidentados, que havia retornado ao trabalho, foi punido com uma suspensão de três dias, com repercussões financeiras em seus salários. O outro trabalhador foi afastado de suas atividades, também com impacto na sua folha salarial. Ou seja, a Eletrobras Chesf, agora sob gestão privada e que se considera uma empresa moderna,expõe seus trabalhadores a longas jornadas de trabalho, sem planejamento adequado, sem descanso semanal,reduz drasticamente o quadro de funcionários e não oferece capacitação ou treinamento suficientes para que desempenhem suas atividades com segurança. A nova gestão privada da empresa pratica trabalho isolado, exige comprometimento e, no final, transfere a responsabilidade para trabalhadores novatos e com pouca experiência nas atividades, incumbindo-os de tarefas de alta complexidade. Enquanto isso, o corpo gerencial e a alta cúpula da empresa seguem sem sofrer qualquer punição.